
Estes exercícios podem ser feitos ao acordar e antes de dormir. Vale lembrar a importância de prestarmos atenção em nossa respiração e se darmos um momento para observar nossos pensamentos e emoções, seja logo cedo quando ainda estamos com a mente tranquila, mas também principalmente a noite quando vamos nos deleitar no nosso descanso merecido e ainda estamos com a mente cheia de pensamentos sobre como foi nosso dia e o que faremos no dia seguinte. É momento de atenção plena! Deleite-se!
Os movimentos respiratórios são ou podem se fazer voluntários – a respiração é nosso hábito mais antigo; por isso, o mais inconsciente – daí a impotência das pessoas quando ansiosas, elas não percebem que a dificuldade básica está nas respiração e, quando percebem, tem poucos recursos para corrigir a restrição dos movimentos tórax e do diafragma.
O ideal é fazer esses exercícios deitados com a barriga para cima, braços ao lado do corpo, para que toda a tenção se concentre na respiração, se preferir fazê-los sentados, que seja com a coluna bem ereta, as costas bem apoiadas.
Primeiro exercício:
Deter completamente a respiração e aguardar atentamente a vontade ou a necessidade crescente de respirar; agüentar até o limite do tolerável e então “soltar” a respiração, seguindo cuidadosamente o que acontece depois. Preste atenção: imaginamos que, nestas condições, ao soltar a respiração a faremos muito ampla, mas isso não é verdade. Insisto: seguir o que acontece espontaneamente, sem exigir nada da mente e do corpo, é realmente observação, lembrando que o relaxamento deve ser priorizado, não se cobre de nada, apenas observe o que acontece quando se solta a retenção respiratória. Este exercício é fundamental para sentirmos o que é a “vontade”(necessidade) involuntária de respirar. Respiramos mesmo sem querer e mesmo contra nossa vontade. A vida é mais poderosa que o querer.
Segundo exercício:
Os limites da respiração. Lentamente, encher os pulmões de ar ao máximo – sem forçar demais – para um instante e depois esvaziá-los também lentamente “até o fundo”, “comprimindo” o tronco no final do movimento. A amplitude máxima da inspiração se consegue melhor com as mãos trançadas e postas sob a nuca a modo de travesseiro, mão ao lado corpo para a expiração total. Repita essa sequëncia sete vezes e depois relaxar, esvaziar a mente, tente não pensar em nada cada vez que iniciar a onda respiratória.
Terceiro exercício:
Como sentir com clareza o esforço inspiratório. Estreitar a via aérea, seja tapando uma narina e em seguida parte para a outra, seja usando um canudinho para inspirar através dele, seja fazendo um orifício mínimo com os lábios. Qualquer que seja o meio, ele ser;a adequado se, ao inspirar, se fizer bem sensível o esforço da inspiração. Observe a vida, o ar entrando, o ar saindo…
Quarto exercício:
Como sentir com clareza o esforço expiratório. Usando um dos dispositivos do exercício anterior, encher o pulmão e depois “soprar o ar” para fora, através do orifício estreito. Soprar até o fundo. Quão forte você é capaz de expelir tudo aquilo que é indesejável, pensamentos negativos, limites, emoções como raiva, rancor, agressividade, ansiedade?
Quinto exercício:
Como separar expiração forçada (a do exercício anterior) da expiração passiva. Como feito anteriormente, mas em vez de “soprar” o ar, apenas deixá-lo sair.
Nota da Cris:
Todas as vezes que seu corpo te pedir atenção, pare e se observe. Sinta qual a necessidade real. O valor de se dar um momento de provar a vida que há em nós através da respiração é de grande valia para mudança de padrões e consequentemente de bem estar físico e mental, o qual resultará em benefícios imensuráveis para você para todos que estiverem em sua volta!
E, quando você já estiver bem conectado com sua respiração e estes exercícios já forem fáceis de realizar, alterne entre um e outro, faça um na sequência do outro e por último coloque uma imagem juntamente com a respiração, sugiro uma imagem de um voo: Imagine que você é uma ave e sincronize seus movimentos respiratórios como o movimento das asas da ave quando voa. Na ave de verdade, o tempo de esforço é a remada para baixo e o movimento passivo é a da asa para cima. Na respiração é o contrário: fazemos força para encher o peito e ao esvaziar deixamos de fazer força…
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